Vianney Mesquita
(Professor-Adjunto IV da Universidade Federal do Ceará. Acadêmico-titular da Academia Cearense da Língua Portuguesa, da Academia Cearense Literatura e Jornalismo e da Arcádia Nova Palmaciana. Escritor e jornalista.)
Márcio Catunda
(Escritor e diplomata. Bacharel em Direito.)
RESUMO
Exercício de versificação em estâncias decassilábicas portuguesas, com o emprego da aliteração e de outros tropos linguísticos. Seu produto configura 23 quartetos, tendo por base igual número de letras do alfabeto da Língua Portuguesa – uma quadra para cada letra (sem k, y e w) – com suporte na literatura de metrificação poética reconhecida no Brasil e em Portugal, conhecimento obtido ao longo do tempo, sem, no entanto, particularizar nenhum autor, embora sejam indicados alguns na Bibliografia para demanda por parte dos leitores (AZEVEDO, 1970, 1997; CAMPOS, 1960; NASCIMENTO, 1995; e CARVALHO,1991). Em razão de, na peça, poder alguém enxergar os estilos preciosista e bestialógico, descarta-se essa possibilidade, com explicações plausíveis.
Palavras-chave: Decassílabos Portugueses. Aliteração. Preciosismo. Bestialogia.
Key–words: Portugueses Three-syllable. Alliteration. Stylistic reasons. Nonsense style.
Notações Essenciais
O escrito sob relação, composto em parceria biautoral, é um exercício de versificação, com emprego do verso decassilábico português, cuja intenção descansa em exercitar o espírito, demonstrar a possibilidade de proceder à versificação em obediência às técnicas ratificadas ao longo dos estudos, desde a Escola Siciliana, no século XIII, transitando por Francesco Petrarca e Francisco Sá de Miranda, e, num nível de estesia pouco comum, recorrendo-se, na totalidade, ao expediente da aliteração.
Também assenta, decerto, na expectação de recolher dos consultantes opiniões abalizadas a respeito da propriedade ou não das alocuções registadas, a fim de, se for azada a oportunidade, apropriar-se de tais contribuições, refazendo a operação, após o que se poderá reeditar a peça, com os possíveis adendos.
Antes de se adentrar o Abecedário Aliterante, composto de um quarteto de paragramatismos para cada letra da língua lusa (tirante k, y e w), em que se manobram as informações propedêudicas atinentes a esse poema, perfazem-se explicações rimadas na mesma grade – estâncias com dez acentos – a fim de facilitar sua leitura e decodificação.