Nos tormentos rugosos, as lágrimas afligidas
Na caverna secreta, os ocultos aferros agudos
No traiçoeiro labirinto, o incômodo do instante
O chão árido, fere sem dó os pés caminhantes
Assim vê a noite fosca, alga umbrosa e fria
O percurso abre vias e desvios sem contorno
Opaca, sombria e sem o luzeiro, um guia
No inestético solo, caminho cruel e soturno
Aguarda o termo da erupção do vulcão interior
da lava que queima o recôndito da alma sofrida
dos pensamentos que afligem tal matéria doída
Nutre de esperança a infinda fé nascida da dor
Regina Barros Leal