O DIONISÍACO E O APOLÍNEO NO TRATADO DO SUBLIME

Um Tratado de arte requer antes da definição do assunto, o estabelecimento de um método para se conseguir essa definição. Sendo esta a proposta inicial do Tratado do Sublime, era de se esperar que a preocupação com o método levasse o texto a enveredar pelos labirintos exclusivos do apolíneo. Essa preocupação inicial vai se desfazendo à proporção que o autor estabelece pressupostos para conseguir o Sublime. Antes porém de adentrarmos os meandros desse texto, é interessante conhecermos alguns dados da sua autoria.

O Tratado do Sublime foi composto na primeira metade do século I da Era Cristã. Sua autoria pode ser de Longino, ou de Dionísio, ou de Dionísio Longino, ou ainda preferencialmente atribuída a um Anônimo. O que importa, no entanto, é saber que a obra se refere a um texto anterior de autoria de um mestre de retórica judeu, chamado Cecílio, que ensinava em Roma, no tempo de Augusto; e que o Anônimo, como o chamaremos daqui para a frente, julga incompleto, por ser “insuficientemente desenvolvido e erroneamente orientado, pois não tocava nos pontos essenciais” (BRANDÃO, 1988, p. 11).

Cecílio era defensor do acticismo, que significa correção gramatical e pureza da linguagem acima de tudo, e combatia a tendência oposta que propalava a genialidade, o entusiasmo e a paixão, mesmo com pequenos defeitos, como superação da pura correção e da mediocridade. O Anônimo não critica o acticismo, critica o exagero purista quando este vem em detrimento da liberação do Sublime em toda sua grandeza. É tanto que entre a persuasão (apolínea) e o arrebatamento (dionisíaco), ele prefere o segundo, mesmo achando que a função do método é esporear e frear os gênios ainda que prefira antecipar numa escala de valores, o “ter sorte” (natural) ou “tomar boas decisões” (artístico).

Há uma forma preliminar de conhecer o Sublime, que o Anônimo atribui ao evitar os vícios. Nesse tocante, ele apresenta emoções que não levam ao Sublime como a pena, os sofrimentos e os temores. Depois cita “qualidades frustradas” do estilo, ou seja, o estilo afetado, o estilo frio e o patético que não seja oportuno. Daí que o verdadeiro orador não pode ter sentimentos menores, pois a grandeza existe naturalmente nas palavras dos que possuem pensamentos graves. E por falar em grandeza, ele a coloca como substituidora da força, quando a juventude desemboca na velhice. Como parâmetro para essa colocação, o Anônimo cita o caso de Homero. Afinal, a Ilíada como mais dinâmica, marcada por mais ações e mais combate, vai dar lugar à Odisseia, mais narrativa, mais lenta, no entanto, marcada por maior grandeza e ponderação de seus personagens. Entre esses personagens, por que não colocar o próprio Homero, que, como autor, no envelhecimento, é um sol que se põe?

Após sugerir como evitar o vício, o Anônimo apresenta cinco fontes do Sublime literário. As duas primeiras dizem respeito aos pensamentos e sentimentos. São inatas, congênitas e inerentes ao ser humano. A primeira é “alçar-se a pensamentos sublimados”. A segunda é “a emoção veemente e inspirada”. Como se vê, as duas primeiras são dionisíacas. As três últimas, no entanto, são de natureza linguística, porquanto, apolíneas. São elas: as figuras, a nobreza da expressão e o ritmo.  Está nessa divisão, como se vê, o duplo modelo proposto pela retórica antiga, qual seja, a relação “natureza/ars” – pensamento e a relação “res/verba” – linguagem. Vamos então enfatizar aqui, as três fontes do Sublime que são centradas na linguagem, acentuando o valor principal das figuras, que não deixam de ser quase que uma matriz das outras duas, ou seja, da “nobreza da expressão” e do “ritmo”.

A primeira figura que o Anônimo apresenta como instauradora do Sublime, é a apóstrofe: “figura de juramento, o qual endeusa os antepassados, sugerindo que se deva jurar pelos que morreram, como se jura pelos deuses” (BRANDÃO, 1988, p. 14). O assíndeto é necessário para dar a impressão de alvoroço, já que as orações surgem como que desligadas umas das outras sem, no entanto, perderem a fluência. O efeito oposto é conseguido pelos conectivos e pelas perífrases, que servem para abrandar o “áspero da emoção forte”. Outra figura apresentada, é a epanáfora, que aparece apenas em forma de exemplificação, mas que coincide, modernamente, com o que é definido pelos estudiosos do assunto, ou seja: “repetição da mesma palavra, no princípio dos versos ou em cada membro do período” (BARROSO; LIMA, 1957, p. 479). O hipérbato é definido como “figura pela qual a ordenação das palavras e pensamentos é tirada da sequência regular; e é, por assim dizer, o mais verdadeiro cunho duma emoção violenta” (BRANDÃO, 1988, p. 22). Como se vê, pouco ou quase nada difere do que hoje dizem as gramáticas: “separação de palavras que pertencem ao mesmo sintagma, pela intercalação de um membro frásico” (CUNHA; CINTRA, 1985, p. 610). O hipérbato alcança o Sublime, dando a impressão de que mesmo com toda a expressividade, o discurso seja improvisado. Outras figuras que aparecem estudadas no texto do Anônimo, com menos ênfase, são: os poliptotos (ato de empregar, num período, uma palavra sob diversas formas gramaticais), as metáboles (ato de repetir uma ideia com termos diferentes), as acumulações, as gradações e as enálages: “troca de categoria gramatical, gênero, número, caso, pessoa, tempo, modo ou voz de uma palavra, por outra categoria, gênero, etc” (BRANDÃO, 1988, p. 23).

Entre as figuras, o Anônimo atribui um tratamento especial às metáforas, para isso, são apresentados três momentos sublimes do seu uso na poética clássica. Primeiro, em Demóstenes, para quem a metáfora é produto da ocasião; depois em Aristóteles, que utilizava “suavisadores” ainda hoje praticados, como as expressões: “como se”, “por assim dizer”, “se assim deve dizer” ou “se é preciso falar com mais temeridade”; e finalmente Platão. É em Platão, onde o uso de certas metáforas alçou voos tão longos, que muitas ainda hoje se aninham nos vastos espaços na modernidade. Afinal, ele chegou ao Sublime com felizes comparações do tipo: “a cabeça, uma acrópole; o pescoço, um istmo construído entre ela e o peito; as vértebras, diz ele, foram assentadas à maneira de dobradiças; a língua, pedra de toque do gosto; o coração, nó das veias; os condutos do corpo, desfiladeiros; e o pulmão, um estofado para amortecer o choque da cólera” (BRANDÃO, 1988, p. 32).

Apesar de enfatizarmos o estudo das figuras, o que o Anônimo considerava “anomalias” linguísticas, e nós consideramos uma “deformação” (dionisíaca) para se chegar a uma “reformação” (apolínea), o que objetivamos desde o início foi chegar a um posicionamento do autor com relação à obtenção do Sublime, levando-se em conta principalmente suas críticas iniciais ao apolíneo Cecílio. Mas para surpresa nossa, o que se observa é uma equidistância que o Anônimo estabelece entre as duas tendências, preferindo uma mesclagem entre ambas. Daí que, a conclusão que se extrai de todo o Tratado do Sublime, com relação a essa questão, é que o Anônimo defende uma perfeição resultante do equilíbrio entre: natureza e arte, persuasão e arrebatamento, o ter sorte e o tomar decisões, pensamento e linguagem, sensação e juízo, “deformação” e “reformação”, indivíduo e humanidade, o sistemático e o assistemático, enfim, um equilíbrio entre o dionisíaco e o apolíneo.

REFERÊNCIAS

BARROSO, Gustavo; LIMA, Hildebrando de. Pequeno dicionário brasileiro da Língua Portuguesa. 9. ed. São Paulo: Editora Civilização Brasileira S/A, 1957.

BRANDÃO, Roberto de Oliveira. Três momentos da poética antiga. In: A poética clássica/Aristóteles, Horácio, Longino. 3. ed. São Paulo: Cultrix, 1988.

CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F. Lindley. Nova gramática do português  contemporânea. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

A Pontuação vai além dos pontos

  1. O que é pontuação?

 

Sentido etimológico (João Henrique): A palavra pontuação vem do termo latino punctuare (de punctum).

Pontuação, etimologicamente, é, pois, “a ação de pontuar, ou seja, de empregar corretamente os sinais de pontuação na escrita”.

Para Alexandre Passos, “a pontuação destina-se a dar, imediatamente, ao leitor, a ordem lógica do pensamento.” (…) O fim, pois, da pontuação é a clareza da linguagem, a qual por sua vez, leva clareza ao pensamento e distinção às ideias”.

Afirma Douglas Tufano: “Os sinais de pontuação são recursos que usamos na escrita para indicar as pausas ou a entonação de leitura, para realçar algum elemento ou para deixar claro o sentido da frase, evitando ambiguidades ou equívocos.”

Muito interessante também o pensamento de Mauro Ferreira: “O emprego dos sinais de pontuação contribui para a organização textual e, consequentemente, para a clareza e para a eficiência comunicativa do texto; muitas vezes é também fundamental para a expressividade dos enunciados”.

Resumindo:

A pontuação inclui sinais e procedimentos. Assim, podemos perceber a importância das pontuação, na escrita, e na oratória; e podemos considerá-la em dois sentidos restrito e amplo.

Pontuação em sentido restrito – emprego  dos tradicionais sinais de pontuação: ponto, vírgula, dois-pontos, ponto e vírgula, ponto de interrogação, ponto de exclamação, travessão, etc., visando, principalmente, às pausas, entonação de voz e ênfase.

Pontuação em sentido amplo – abrange toda a estruturação e organização de um texto (e do livro), através de sinais e procedimentos convencionados: o emprego parágrafos, alíneas e incisos, do apóstrofo e do asterisco; certos usos do hífen e da barra; os grifos em geral (itálico, negrito, sublinhado, etc.); as esquematizações; tamanho e fonte das letras; cores; o formato do texto, margens, espaços, divisões, subdivisões…

  1. Pontuação: finalidade e funções

 

Finalidade (ou função) principal: auxiliar na coesão, coerência, elegância e clareza do texto

Pausas e entonação da voz

Realce e expressividade

Distinção de elementos

Separação e estruturação

Apoio

Pontuação subjetiva

Pontuação objetiva

Pontuação distintiva

Pontuação subsidiária

Coesão

Coerência

Elegância

Clareza

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os sinais de pontuação quanto à função:

 

→ Predominantemente melódicos, ou seja, indicam pausa emocional: o ponto de interrogação ( ? ); o ponto de exclamação ( ! ); as reticências ( … ); o travessão (– ); os parênteses ( (  ) ); as aspas, simples ( ‘ ’ ) e duplas ( “ ” ).

→ Predominantemente pausais: o ponto ( . ) – indicando pausa conclusiva; a vírgula ( , ), o ponto e vírgula ( ; ) e os dois-pontos ( : )– indicando pausa não conclusiva.

→ Sinais estilísticos, de destaque, ou ênfase: a vírgula, o ponto e vírgula, os dois-pontos, as aspas, o travessão, os parênteses (estes principalmente);

→ Sinais distintivos certos empregos dos sinais de pontuação quando identificam ou separam dados ou elementos, ou partes do discurso, e outras indicações específicas (na comunicação linguística).

. → Sinais subsidiários os sinais que servem de apoio em linguagens técnicas e científicas, segundo normas e convenções específicas. Ex.: o emprego dos sinais na Matemática.

 

Observações:

1ª) A pausa e a melodia vêm associadas.

2ª) Como lembra Joaquim Mattoso Câmara Júnior (Manual de expressão oral e escrita), a pontuação é usada “para suprir, na escrita, a ênfase dada pelo tom de voz, a mímica, incluindo-se a expressão fisionômica e o jogo de pausas e cadências da linguagem oral. (…) mas nunca de maneira absoluta no que se refere à correspondência entre as pausas de suspensão rápida de voz e as vírgulas, porque por uma convenção tradicional as razões de ordem lógica [ou seja, sintática] interferem aí com as de natureza meramente rítmica”. Portanto, entre os sinais pausais, consideremos também a função de separação dos termos da frase.

3ª) Os sinais de pontuação, em geral, têm potencial enfático.

  1. Origem e evolução histórica da pontuação

 

Finalidade inicial. “A pontuação surgiu para ajudar as pessoas a ler em voz alta. Até alguns séculos atrás, a maior parte da população não sabia ler e, por isso, as poucas que sabiam precisavam ler em voz alta. Para ajudar essas pessoas na Antiguidade, sinais conhecidos como “pontos’ eram adicionados às páginas dos textos. (…) Esses pontos indicavam aos leitores quando deveriam fazer uma pausa ou respirar, e o que deveriam enfatizar.” (Úrsula Dubosarsky)

A pontuação remonta da Antiguidade, antes mesmo dos manuscritos em papiros e pergaminhos. Vem da longínqua época de inscrições em pedras, muralhas e túmulos, Entre os séculos II e IV a.C.

→ O ponto. Primeiro sinal registrado. Surgiu, não com a função de pausa, mas como sinal distintivo: para separar as palavras, que eram escritas com todas as letras maiúsculas, e estas a igual distância um as das outras; e nas abreviações de palavras.

→ Os antigos também separavam as palavras com dois ou três pontos alinhados verticalmente, ou em triângulo, em quadrado, em rombo, ou em losango; há registros xX; outros com um pequeno círculo em preto ou em branco; com desenho, como uma cruz, um coração; e até ramos de folhas.

Aristóteles (séc. IV a.C.) conhecia o uso dos pontos. Nos seus manuscritos(Rhetorica), lamentava não poder fazer pausa nos escritos de Heráclito.

Cícero (De Oratore, séc I a. C.) alude a sinais destinados a pausas e modulação de voz na leitura (‘libreriorum notae, notas dos livreiros ou dos leitores).

→ Aristófanes de Bizâncio (séc. II a.  C.). Separava os diferentes membros do discurso por meio de três sinais: o ponto perfeito, para indicar a conclusão do sentido, colocado à extremidade superior da última palavra; o subponto, posto na posição do ponto atual, mas indicando a suspensão da frase, ou seja, a pausa para respiração equivalente a dois fôlegos; e o ponto médio, posto em meia altura da última letra, indicava um sentido ligeiramente suspenso pela ponto. Correspondiam essas anotações, respectivamente, aos nossos modernos ponto, dois-pontos e vírgula. E a alínea, que serviu algumas vezes para separar os membros ou submembros do discurso, formando versículos. Mais tarde, segundo os beneditinos, São Jerônimo introduziu esta distinção, por versículo ou verseto, nos manuscritos da Santa Escritura, a fim de facilitar a leitura.

Até o séc. IX da Era Cristã, faltou uniformidade, e mesmo emprego, na pontuação. Mas, neste século, houve certo predomínio do ponto seguindo Aristófanes (nas três posições), especialmente pelos latinos; o ponto e vírgula é usado no fim de frase, para marcar as interrogações.

No séc. X, no império de Carlos Magno, se deu a latinização das denominações gregas dos sinais: koma (= tronco) passou a incisum (= que corta ou separa palavras), depois vírgula em português – embora em espanhol continue coma; kolon passou a membrum (= membro), depois punctum.

No século XV, a invenção da imprensa disseminou o sistema de pontuação. Especialmente com o aparecimento dos livros modernos, porque os primeiros impressores não seguiam as regras existentes de pontuação, ainda não universalmente observadas nesse século.

Séc. XVI,

Surge o hífen. Segundo João Ribeiro (apud Alexandre Passos) uma pequena figura semelhante a um arco de círculo), “posto acima e no fim da palavra para indicar estreita ligação com o vocábulo seguinte”.

Antenor Nascentes (apud Jorge Viana de Moraes) tem versão diferente sobre a origem do hífen: “Chamado divisão por Duarte Nunes de Leão e conjunção por Madureira Feijó, era formado por um traço pequeno horizontal, um v e outro traço horizontal. Perdeu depois o v e os dois traços foram reduzidos a um”.

O impressor francês Guillemin inventa as aspas (guillemets, em francês). Antes, o discurso direto era marcado por um grifo, como o sublinhado. Aparecem os grifos ou itálicos, como usamos hoje.

O gramático português João de Barros (também no séc. XVI) chama de pontos as notações sintáticas.

(séc. XVII):

Duarte Nunes de Leão lista: a vírgula, o ponto, o ponto e vírgula (embora não lhe dê este nome), o ponto interrogativo, o ponto admirativo, o parágrafo e o meio círculo; e ainda, as reticências e o travessão.

O ponto interrogativo representado por uma variante em forma de gancho da letra Q, abreviatura da palavra latina QUAESTIO (pergunta); e a última letra dessa palavra representando o ponto inferior do sinal.

No século XVIII:

João de Morais Madureira Feijó, em Ortographia ou arte de escrever e pronunciar com acerto a língua portugueza (1739), cita os dois pontos e o parêntesis com a forma atual; apresenta o sinal §, significando signum sectionis, sinal de seção ou divisão; e ainda outras notações léxicas, entre as quais, o asterisco e o apóstrofo.

O símbolo do parágrafo era então um triângulo retângulo com um dos lados numa linha horizontal superior e outro numa vertical.

Somente no séc. XIX, passa-se a escrever com mais rigor de pontuação. Acumulação de todo esse cabedal histórico. Contudo, lembra o Prof. João Henrique que escritores famosos não o faziam. E cita Alexandre Dumas, que se notabilizou “por sua parcimônia, quase, diríamos escassez de emprego de sinais”.

 

  1. Curiosidades atuais.

 

Segundo Dubosarsky, o interrobang ( ), foi patenteado por Martin Speckter, em 1962, para substituir o emprego simultâneo do ponto de interrogação e do ponto de exclamação.

Não vingou. Teria sentido? Um sinal indicar essas diferentes pausas melódicas (as sequências ?! / !?)?. Vamos conferir:

Que país é este?! / Que país é este!?

Outro fato curioso é o que está ocorrendo com o travessão. Vê-se o uso de um só sinal (o traço menor ou o maior) tanto para o hífen, quanto para o travessão, sobretudo nos jornais,

Será que tal procedimento vai vigorar?

A barra ( / ), um dos mais novos sinais de pontuação tem largo emprego, quer substituindo o hífen, ou parênteses, quer em aplicações próprias.

Sobre parêntese, parênteses, parêntesis (orientação ortográfica):

O parêntese (cada parte deste sinal, a abertura ou fechamento; a inserção cercada por esses sinais; desvio da conversa; sinal matemático).

Os parênteses: o sinal com as duas partes.

O parêntesis, os parêntesis (s. c. de gên.).

Abrir parêntese. / Abrir parêntesis. Fechar parêntese. / Fechar parêntesis. Escrever entre parênteses. / Escrever entre parêntesis.

Dubosarsky alerta ainda para o fato de que a pontuação muda inclusive geograficamente. A interrogação, por exemplo, no grego é assinalada pelo ponto e vírgula; no árabe, o mesmo sinal que usamos em português, mas posto no início da frase, com a abertura ao contrário; já o espanhol, além do ponto de interrogação no final da frase, põe outro no início, de cabeça para baixo. Holandeses e finlandeses usam como aspas os sinais <<  >>.

  1. Fontes bibliográficas:

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HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro Salles & FRANCO, Francisco M. de M. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.

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——————————. Novíssima Gramática Ilustrada Sacconi. São Paulo: Nova Geração, 2008.

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https://educacao.uol.com.br (Sinais de pontuação – Origem histórica dos sinais. Jorge Viana de Moraes)

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                   CADEIRA 21